segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Pai, quero ser aeromoça

Me lembro de ter dito essa frase ao meu pai quando tinha uns sete anos. E ele me disse que aeromoças são vadias. Não com essas palavras, mas deu a entender muito bem. Então desisti. Eu não queria ser vadia. Decidi que queria ser psicóloga, aos dez. Meu pai disse que psicólogos são loucos. E é claro, eu não queria ser louca. Como é meu último ano no colégio, tenho que decidir o que vou seguir como profissão, e isso tem me gerado muito estresse. Eu queria ser fotógrafa mas nem dinheiro pra uma câmera profissional eu tenho. Além do mais, meus pais querem que eu faça faculdade. Recentemente fiz um teste vocacional, que teve como resultado Psicologia, Publicidade e Propaganda e Jornalismo. Optei por Publicidade, que é o mais relacionado com fotografia. Mas não estou muito feliz com a minha escolha. A ideia de ser aeromoça tem me atormentado na última semana (aliás, não tinha essa opção no meu teste vocacional); tem tudo a ver comigo. Sou poliglota (requisito quase que obrigatório na profissão) e quero ainda aprender muitas outras línguas. Amo viajar (a pessoa que vos fala já rodou quase o Brasil inteiro viajando, além de já ter morado em sete cidades e dois países). Gosto de lidar com pessoas. E, sobretudo, tenho uma paixão misteriosa por aeroportos. Eu não sei o que me atrai tanto nesse lugar. Olho para as pessoas despedindo-se ou mesmo aquelas sozinhas e imagino suas histórias.
Mas ser aeromoça é só um sonho, um sonho que voa alto.

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