sábado, 26 de novembro de 2011

Clichê drama adolescente

Você descobre que a vida foi (mais uma vez) uma filha-da-puta contigo então você sai com os amigos. Chega no local com um acompanhante. Apresenta aos amigos. No sonzinho baixo pode-se ouvir as músicas mais badalas do momento, mas com clima de começo de festa, com todo mundo sentado, conversando descontraídos (algo sobre férias e recuperação). Então as pessoas começam a chegar, o som aumenta. As pessoas saem, só que voltam logo depois com bebidas e bebidas. Você coloca metade de vodka no copo descartável. Toma o copo. Começa a rir. Toma outro. Se solta. Vai tomando uns golinhos aqui e ali. Não tem mais vergonha de nada. Você vê aquela guria cujo ex você ficou, dando em cima do seu acompanhante. Você não liga, na verdade nem nota. Aí você ama todo mundo e todo mundo é LINDO!!!! Então você pede desculpa pra guria cujo ex você ficou, fala que ama ela e tudo mais. Ai você se lembra que a vida foi uma filha-da-puta com você. Chora no ombro do seu acompanhante e de duas amigas. Elas te consolam (e ai você ama elas de verdade). Ele vai embora, mas não antes de te dar um abraço sincero (e gostoso). A festa acaba prematuramente por barulho (novidade). Então você se dá conta que está se sentindo enjoada. Enquanto espera a carona respira fundo, do fundo da sua alma para não vomitar. Tenta não pensar em comida. Tenta não pensar em coisas nojentas. Ouve a conversa de fim de festa das pessoas mas anormalmente não diz nada. A carona chega e você se convence de que está bem a cada movimento do carro. Chega em casa e tenta sorrir e falar com seus pais sem vomitar. Você consegue (YESSSSSSSS!!!!!!!!!!!). Então você deita com roupa da festa e maquiagem e dorme profundamente. Acorda no dia seguinte. Enquanto tira o rímel lembra do que falou (sim, se lembra), do que fez, do que não fez. É muita merda pra uma noite, você pensa. Então entra no facebook e manda um pedido de desculpas pras suas duas amigas e pro seu acompanhante e se pergunta se ele vai querer sair com você depois de descobrir que você é uma pirralha que não sabe lidar com os problemas da vida (sua filha-da-puta!!). Mas eles entendem. Todo mundo já passou por isso.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Destiny

Acreditar em destino é algo tão cômodo. O destino é consolo na tristeza, consolo no fim de um namoro - ou casamento-, consolo quando alguém morre: "O destino me reserva algo bom" "Tenho certeza que coisas melhores o destino me está preparando". O estranho é que eu acredito nisso tudo, talvez mais pela minha religião, que diz que tudo acontece por uma causa. Eu realmente acredito nessas coisas, às vezes não quero. Mas, pensando bem, o destino pode (também) servir de desconsolo. Quando aquele relacionamento acaba e você sente raiva do destino por te reservar outra pessoa que não é aquela quem você ama. Quando alguém morre e você sente raiva do destino por ter que levá-la embora (o vilão da história não é Deus). O fato é que é bem mais fácil você se apegar a ideia de que, no final das contas, tudo vai dar certo.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Você não vai se interessar, não leia (Platonismo e outras merdas)

Não me lembro de quando te conheci. Não, porque isso faz muito tempo, eu cresci sabendo quem é você: O melhor amigo do meu irmão, o que é uma ironia, porque ao mesmo tempo em que sou grata por ter uma irmão, pois, graças à ele te conheço, ao mesmo tempo, tenho vontade de dar uma bicuda nele por ser um maldito ciumento que diz que a regra do "amigo meu não fica com a minha irmã" é válida. E você talvez não se lembre, mas quando você me chamou pra andar de Jet Sky com vocês dois, quando eu tinha dez anos, meus olhinhos brilharam só de pensar na oportunidade de me divertir com vocês, mas logo pensei no meu irmão e disse "Deixa pra outro dia". Ou como quando, na praia, (esse ano), rolou um clima mas sabíamos que não podíamos fazer nada porque meu irmão nos vigiava constantemente, apesar dos goles que ele tenha tomado. Aliás, você também tomou umas, talvez por isso tenha me perguntado discretamente: "Você gosta de ser 'cantada'?" "Não", respondi com um sorriso no rosto. O que é uma babaquice da minha parte pois no ano anterior eu te passei uma cantada numa festa (é claro, eu também tinha bebido umas) e é mais babaquice ainda pensar que eu não gostaria de ser "cantada" por você, apesar do termo soar pedreiro. Mas voltando ao assunto da praia, eu JURO, juro pra você que depois de todas às noites que vocês deixavam eu e a may portão, juro, eu sonhava tanto com você... Mas estou falando de sonhar no sentido literal da palavra, eu deitava no travesseiro e sonhava, sonhava acerca de nós dois, juntos. E quando acordava, desejava nunca tê-lo feito. E quando descobrimos tantas, mas tantas coisas em comum? Pode soar clichê, mas sério, desde o signo (gêmeos) até a pintinha no dedo mindinho temos igual. Foi divertido e gostoso descobrir isso. E no enterro do meu avô você esteve lá, me abraçou (pois sabe mais do que qualquer um o que é perder alguém que ama) mas não me deu muita bola, você ficou conversando com o meu irmão (o maldito, de novo!). Sorte minha você não ter levado a sua mais nova namoradinha, aquela gostosa, linda, charmosa, delicada e qualquer outro adjetivo que eu não tenho. Odeio o fato de morar a mil quilômetros de você, odeio não conseguir ser eu mesma ao seu lado, odeio não poder te beijar, te tocar, te abraçar, odeio o fato de ter certeza de que você não sente nem 1/10 do que eu sinto por você, odeio ser uma idiota apegada que escreve coisas assim sobre alguém que nunca teve um contato realmente profundo, odeio abrir meu diário de quando eu tinha 9 anos e ler coisas maravilhosas escritas sobre você e ter a mesma sensação de quando escrevi essas baboseiras. Mas o que eu amo em você, e SEMPRE, sempre amei, desde pequena, é o fato de você ser a pessoa mais rica que eu conheço (talvez milionária) e ainda assim ser mais humilde que muito pobre por aí. Você consegue ser rico nos dois sentidos. Ai como eu sou besta.
Ninguém vai ler isso, porque está absurdamente maçante mas eu queria te dizer: Não te amo, a distância, meu irmão, sua namorada e diria que até seus sentimentos não-recíprocos me impedem de amá-lo, mas de uma coisa eu tenho certeza: Eu te desejo com toda a fibra do meu ser, com toda a minha alma. E, finalmente, a conclusão dessa reflexão: nosso amor é impossível.