terça-feira, 1 de novembro de 2011

Você não vai se interessar, não leia (Platonismo e outras merdas)

Não me lembro de quando te conheci. Não, porque isso faz muito tempo, eu cresci sabendo quem é você: O melhor amigo do meu irmão, o que é uma ironia, porque ao mesmo tempo em que sou grata por ter uma irmão, pois, graças à ele te conheço, ao mesmo tempo, tenho vontade de dar uma bicuda nele por ser um maldito ciumento que diz que a regra do "amigo meu não fica com a minha irmã" é válida. E você talvez não se lembre, mas quando você me chamou pra andar de Jet Sky com vocês dois, quando eu tinha dez anos, meus olhinhos brilharam só de pensar na oportunidade de me divertir com vocês, mas logo pensei no meu irmão e disse "Deixa pra outro dia". Ou como quando, na praia, (esse ano), rolou um clima mas sabíamos que não podíamos fazer nada porque meu irmão nos vigiava constantemente, apesar dos goles que ele tenha tomado. Aliás, você também tomou umas, talvez por isso tenha me perguntado discretamente: "Você gosta de ser 'cantada'?" "Não", respondi com um sorriso no rosto. O que é uma babaquice da minha parte pois no ano anterior eu te passei uma cantada numa festa (é claro, eu também tinha bebido umas) e é mais babaquice ainda pensar que eu não gostaria de ser "cantada" por você, apesar do termo soar pedreiro. Mas voltando ao assunto da praia, eu JURO, juro pra você que depois de todas às noites que vocês deixavam eu e a may portão, juro, eu sonhava tanto com você... Mas estou falando de sonhar no sentido literal da palavra, eu deitava no travesseiro e sonhava, sonhava acerca de nós dois, juntos. E quando acordava, desejava nunca tê-lo feito. E quando descobrimos tantas, mas tantas coisas em comum? Pode soar clichê, mas sério, desde o signo (gêmeos) até a pintinha no dedo mindinho temos igual. Foi divertido e gostoso descobrir isso. E no enterro do meu avô você esteve lá, me abraçou (pois sabe mais do que qualquer um o que é perder alguém que ama) mas não me deu muita bola, você ficou conversando com o meu irmão (o maldito, de novo!). Sorte minha você não ter levado a sua mais nova namoradinha, aquela gostosa, linda, charmosa, delicada e qualquer outro adjetivo que eu não tenho. Odeio o fato de morar a mil quilômetros de você, odeio não conseguir ser eu mesma ao seu lado, odeio não poder te beijar, te tocar, te abraçar, odeio o fato de ter certeza de que você não sente nem 1/10 do que eu sinto por você, odeio ser uma idiota apegada que escreve coisas assim sobre alguém que nunca teve um contato realmente profundo, odeio abrir meu diário de quando eu tinha 9 anos e ler coisas maravilhosas escritas sobre você e ter a mesma sensação de quando escrevi essas baboseiras. Mas o que eu amo em você, e SEMPRE, sempre amei, desde pequena, é o fato de você ser a pessoa mais rica que eu conheço (talvez milionária) e ainda assim ser mais humilde que muito pobre por aí. Você consegue ser rico nos dois sentidos. Ai como eu sou besta.
Ninguém vai ler isso, porque está absurdamente maçante mas eu queria te dizer: Não te amo, a distância, meu irmão, sua namorada e diria que até seus sentimentos não-recíprocos me impedem de amá-lo, mas de uma coisa eu tenho certeza: Eu te desejo com toda a fibra do meu ser, com toda a minha alma. E, finalmente, a conclusão dessa reflexão: nosso amor é impossível.

Um comentário: