segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Morte

Mataram o amor dentro dela. E a paixão por si igualmente morreu. Antes cabeça erguida, agora cabisbaixa e olhar tímido. Como quem não quer ser notado. E, por não se amar, ninguém a ama.
Alma gélida. Contato desconfiado. Olhar assustado. Como um animal do mato, que foge ao desconhecido. Foge de novos lábios, novas mãos, novos laços. Ela não quer o novo. Ela quer o que nunca terá outra vez, se é que algum dia teve, se tudo não passou de ilusão de menina. Ela quer as mesmas palavras apaixonadas proferidas impulsivamente; a mesma sensação ao ser tocada; o mesmo sorriso que descobriu; a mesma felicidade de sentir-se única... Ah, a felicidade! Ela morreu.

Um comentário:

  1. Mas a felicidade sempre volta, sempre. O espaço de tempo entre uma desilusão e um novo acontecimento as vezes pode ser longo, mas nunca será eterno.

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